Resenha: A culpa é das estrelas!


Olá amores! Como prometido, resenha da semana.
Como estamos no mês do lançamentos de A Culpa é das Estrelas, resolvi fazer uma resenha sobre o livro, que amei demais e confesso que gostei bastante da produção cinematográfica, foi mais fiel do que imaginava, então vamos lá!

Hazel Grace, é uma paciente de câncer terminal e frequenta um grupo de apoio onde também compartilha experiências e dicas de autoestima com outros pacientes com diversos tipos de câncer.
Em uma dessas sessões, Hazel conhece Augustos que é o que podemos chamar de "sobrevivente do câncer".
Com apenas uma perna e meia, conquista aos poucos sua confiança e até mesmo seu coração.
No desenrolar do livro, vemos que os dois se tornam muito amigos.
Hazel, Augustos e Isaac (amigo do grupo de apoio), acabam se unindo e juntos aproveitam o máximo de números que eles podem ter.
Hazel e Augustos sempre trocam alguns livros, e dentre esses Hazel o apresenta à Uma aflição imperial, que é seu livro favorito.
É então que Augustos tem a ideia de escrever para Peter Van Houten, o escritor.
Então muitas coisas acontecem, dentre elas eles viajam para Amsterdam, á convite de Peter, para realizar o maior sonho de Hazel.
Perante ao tão sonhado encontro com seu escritor Hazel pensa em diversas formas de perguntar sobre uma possível continuação para seu livro, porém nada sai como planejado.
Hazel e Augustos são muito mal recebidos por Peter, que no final das contas não passa de um alcoólatra idiota.
Mesmo assim eles aproveitam o máximo de seus dias, vivem intensamente e finalmente assumem o que sentem um pelo outro.
Tudo está belo para Hazel, até Augustos confessar que seu câncer o atingiu novamente, dessa vez comprometendo mais ainda seu corpo.
Entre idas e vindas, aprendemos que o amor acima de tudo ainda vence as barreiras. Hazel e Augustos nos mostram isso. A vida é para ser vivida, e por mais que Augustos Waters não obteve muitos números, com certeza Hazel teve mais do que esperava para ela.
E com a morte do Augustos o livro encerra, com uma carta dele para Peter pedindo o que lhe era de desejo, quando na verdade Hazel desejava ao contrário.

"Van Houten,
Sou uma pessoa boa, mas um escritor de merda. Você é uma pessoa de merda, mas um bom escritor. Nós formaríamos uma bela equipe. Não quero lhe pedir nenhum favor, mas, se tiver tempo — e pelo que vi, você tem tempo de sobra —, fiquei me perguntando se poderia escrever um elogio fúnebre para a Hazel. Tenho algumas anotações e tudo mais, mas se você pudesse transformá-las num texto completo e coerente, e tal… Ou então só me dizer o que eu deveria escrever de forma diferente.
O bom da Hazel é o seguinte: quase todo mundo é obcecado por deixar uma marca no mundo. Transmitir um legado. Sobreviver à morte. Todos queremos ser lembrados. Eu também.
É isso o que me incomoda mais, ser mais uma vítima esquecida na guerra milenar e inglória contra a doença.
Eu quero deixar uma marca.
Mas, Van Houten: as marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes. Você constrói um shopping center medonho ou dá um golpe de Estado ou tenta se tornar um astro do rock e pensa: ‚Eles vão se lembrar de mim agora‛, mas: (a) eles não se lembram de você, e (b) tudo o que você deixa para trás são mais cicatrizes. Seu golpe de Estado se transforma numa ditadura. Seu shopping center acaba dando prejuízo.
(Tá, talvez eu não seja um escritor tão de merda assim. Mas não consigo organizar minhas ideias, Van Houten. Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações.)
Nós somos como um bando de cães mijando em hidrantes. Nós envenenamos as águas subterrâneas com nosso mijo tóxico, marcando tudo
como MEU numa tentativa ridícula de sobreviver à morte. Eu não consigo parar de mijar em hidrantes. Sei que é tolice e inútil — epicamente inútil em meu estado atual —, mas sou um animal como qualquer outro.
A Hazel é diferente. Ela anda suavemente, meu velho. Ela anda suavemente sobre a Terra. A Hazel sabe qual é a verdade: é tão provável que nós consigamos ferir o universo quanto é provável que nós o ajudemos, e é improvável que façamos qualquer uma dessas duas coisas.
As pessoas vão dizer que é triste o fato de ela deixar uma cicatriz menor, que menos pessoas se lembrem dela, que ela tenha sido muito amada mas não por muita gente. Mas isso não é triste, Van Houten. É triunfante. É heroico. Não é esse o verdadeiro heroísmo? Como dizem os médicos: em primeiro lugar, não cause dano ou mal a alguém.
Os verdadeiros heróis, no fim das contas, não são as pessoas que realizam certas coisas; os verdadeiros heróis são as que REPARAM nas coisas. O cara que inventou a vacina contra varíola não inventou nada, na verdade. Ele só reparou que as pessoas que tinham varíola bovina não pegavam varíola.
Depois que a minha tomografia acendeu como uma árvore de natal, eu entrei furtivamente na UTI e vi a Hazel quando ainda estava inconsciente. Entrei andando atrás de uma enfermeira de crachá e consegui me sentar ao lado da Hazel por, tipo, uns dez minutos antes de ser pego. Eu realmente achei que ela fosse morrer antes que eu pudesse lhe contar que também ia morrer. Foi brutal: o arengar mecanizado incessante da terapia intensiva. Havia uma água cancerosa escura pingando do peito dela. Os olhos fechados. Entubada. Mas a mão dela ainda era a mão dela, ainda quente, as unhas pintadas de um azul-escuro quase preto, e eu simplesmente segurei sua mão e tentei imaginar o mundo sem nós, e por mais ou menos um segundo fui uma pessoa boa o suficiente para torcer que ela morresse e nunca ficasse sabendo que eu também ia morrer. Mas aí eu quis mais tempo para que pudéssemos nos apaixonar. Creio que meu desejo foi realizado. Eu deixei a minha cicatriz.
Um enfermeiro chegou e me disse que eu precisava me retirar, que visitas não eram permitidas, e eu perguntei se ela estava melhorando. O cara disse: ‚Ela ainda está fazendo água.‛ Bênção do deserto, maldição do oceano.
O que mais? Ela é tão linda! Não me canso de olhar para ela. Não me preocupo se ela é mais inteligente que eu: sei que é. É engraçada sem nunca ser má. Eu a amo. Sou muito sortudo por amá-la, Van Houten. Não dá para escolher se você vai ou não vai se ferir neste mundo, meu velho, mas é possível escolher quem vai feri-lo. Eu aceito as minhas escolhas. Espero que a Hazel aceite as dela."

Eu aceito, Augustus.
Eu aceito.


E ai gostaram da resenha? Espero que assim como eu tenham gostado da leitura e do filme!


0 comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...